terça-feira, 17 de novembro de 2009

Eu acredito, no Palmeiras, no Bambi e no Flamengo

Está difícil? Complicamos o fácil? Não dependemos só de nossos resultados? O sonho da busca pelo título mais ganhos dos últimos 150 anos de futebol está por um fio? O time está irreconhecível comparado àquele que foi líder? Os resultados de Jorginho e Muricy destoam? Diego Souza e Vágner Love não resolvem como era esperado? Pierre, Mauricio Ramos e Cleiton Xavier fazem falta? - Sim, para todas as perguntas.
Mas acreditem no Palmeiras, essa camisa tem história, é guerreira, tem uma mística toda perculiar. Ao saber que seus "filhos" não acreditam no Palmeiras deles, Luigi Cervo, Ezequiel de Simone, Luigi Emanuelle Marzo e Vicenzo Ragognetti, devem sentir um amargo na alma. Quando eles fundaram o Palestra Itália sabiam que brigariam contra todos, que a batalha era árdua, e venceram. Ser palestrino/palmeirense, nunca foi fácil.
É decepcionate ver o Palmeiras tendo que vencer seus jogos e torcer contra os adversários quando o título era para estar sendo comemorado, mas faz parte do futebol, é um esporte, não uma ciência exata. Por falar em ciência exata, tragicomicamente, quem não acredita no Palmeiras, tem a certeza absoluta de que ou Bambi ou Flamengo vencerão suas três últimas partidas. Isso já beira a "anti-palestrinidade", isso eu não consigo entender.
O Palmeiras não joga o futebol que fez ser líder por 19/20 rodadas. Isso é fato. Mas lembrem-se, da Libertadores-09, não jogamos nada nas duas primeiras partidas e na superação levamos a vaga para as oitavas, na superação garantimos as quartas, e por um gol não fomos a semi. Lembrem-se da final do Paulista-93, quando após o primeiro jogo toda a imprensinha já dava o título como certo do Gambá. Lembrem-se daqueles 5 x 1 contra o Grêmio. Lembrem-se das duas Libertadores contra o Gambá. De como conquistamos a nossa Libertadores. De como eliminamos o Flamengo da Copa do Brasil 99. De como subimos. Essa camisa tem história, e nesse ano já provamos que para o Palmeiras nada é impossível.
Já vimos e já provamos do veneno de um time desesperado para fugir do rebaixamento vencer quem está no topo da tabela. Porque não podemos ver de novo e nos beneficiarmos com isso? Já vimos o Flamengo proporcionar alguns "Maracanazzos" a pouco tempo. Porque não podemos acreditar em mais um contra o Goiás?
Esse time pode ter perdido o brilho, a confiança, a auto-estima, a tranquilidade. Mas o Palmeiras nunca perde a alma. E se perdeu o que citei acima, que joguem com a alma, com raiva, por eles, por nós e pelo Palmeiras.
Dizer que eu acredito no Palmeiras seria redundância, acabou a nossa cota de tropeços. Mas eu acredito, e muito neles, em um tropeço de Bambi e Flamengo.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Eu não pulo desse barco

Algumas coisas devem ser ponderadas antes de sairem soltando os cachorros em cima de quem faz por merecer. Para vencer um campeonato de pontos corridos é preciso ter uma espinha dorsal cinco estrelas no time. Um elenco digno ou equivalente ao dos adversários diretos. Um técnico vitorioso, focado, experiente e de personalidade. Uma diretoria competente, comprometida e que, realmente, ame o clube que dirige. Uma torcida unida, que apóie na boa e na ruim. Todos precisam saber, desde o início, que vai ser difícil, mas que é possível ser Campeão. E o mais importante, juntos, até o fim.
A espinha dorsal do Palmeiras é ótima, uma das melhores do país, dos últimos anos no Palestra Itália. Marcos, Danilo, Pierre, Diego Souza e Vágner Love. Marcos é Marcos e qualquer comentário sobre ele seria chover no molhado. Danilo se encaixou como poucos no Palmeiras, tem uma personalidade absurda e parece ter adquirido uma palestrinidade de arquibancada. Pierre é a alma desse time, sem ele falta tudo, falta marcação, falta garra, falta alma. Diego Souza joga muita bola, sabe que joga, está desmotivado e sabe disso, sabe que está se escondendo e sabe para quem foi as declarações de Marcos no final do jogo. Vágner Love é o melhor atacante do elenco, não dá para comparar ou discutir sua qualidade em relação aos outros, não vejo falta de vontade, vejo ele esperando a bola chegar, ela não chega, tenta resolver sozinho, invarialmente, no meio de dois ou três zagueiros e o resultado nós sabemos qual é, aí a ira da torcida recai quase toda nele.
O elenco é longe de ser o dos sonhos, mas não fica muito atrás de qualquer um do G-4. Quando falta alguma peça da espinha dorsal cinco estrelas o time se desmonta, desmorona. Sai Marcos, entra Bruno, sempre na fogueira, é jovem, pouca bagagem, o peso de substituir Marcos pesa, é sempre uma falha por jogo e goleiro não pode falhar, mas tem futuro, é o sucessor. Perdemos Mauricio Ramos, o parceiro ideal de Danilo, que é ótimo mas não é um Waldemar Fiume, o entrosamento era visível e a dupla era quase perfeita, exceto Marcos, ninguém faz milagre, Danilo se entrosar com Mauricio Da Base nesse momento turbulento é quase impossível, e zaga sem entrosamento é um Deus nos acuda. Sem Pierre o time fica sem alma, Souza é muito bom, mas se perde com a falta do Monstro e tendo que cobrir as falhas grotescas de um irreconhecível Edmilson, além de por vezes ter que fazer o de Cleiton Xavier. Falando em Xavier, é o "banco" daquela espinha dorsal cinco estrelas, é o cérebro desse time, faz muita falta, o substituto imediato seria o irregular Saccony que não consegue sabe lá porque se firmar no time, sem o cérebro, Diego Souza se sobrecarrega (e/ou se esconde), a bola não sai com qualidade, fica um buraco entre volantes e meia, quando o desafogo não é com Figueroa e sempre chutão pra frente que bate na parede adversária e volta no contra-ataque pelo buraco do meio-campo. Não dá para depender de Obina (um iluminado, sem dúvida) e Ortigoza (dá gosto de ver a vontade que tem de jogar), Vágner Love (se quiser) põe os dois no bolso, mas sozinho e com Diego Souza do jeito que está fica muito difícil. Em tempo, a minha paciência com Marcão e Armero se esgostou. O futebol de Figueroa me enche os olhos a cada jogo.
O curriculo de Muricy diz por si. Não há do que reclamar do profissional, é comprometido com o que faz e com quem está. Ganhar quatro Brasileiros seguidos e estar tão perto e tão longe de conseguir o quinto não é para qualquer um. Está no futebol desde sempre, já conviveu com gentinha e hoje é do alto escalão ético do futebol brasileiro. É pupilo de Telê Santana, não dá para duvidar da sua competência. Tem personalidade... nas coletivas. A que sobra lá, falta na escalação do time, as opções podem não ser das melhores, mas é melhor que as ele vem optando. Um pouco mais de coragem não seria ruim, arriscar e surpreender a essa altura seria interessante. Em tempo, Jorginho não teria bagagem para segurar essa bomba de hoje, se fosse com ele certamente já teria caído e o título estaria ainda mais distante do título, e o Palmeiras estaria com um tapa-buraco esperando o ano acabar.
Existem culpados por essa situação, essa diretoria, que comanda hoje o Palmeiras. Se não fosse ela estaríamos disputando uma vaga na Sulamericana, ou o jogo contra o Botafogo na última rodada definiria um bi-rebaixado. Mostrou competência em manter os então intocavéis do elenco, dá exemplo de administração e transparência, trouxe o então 9 dos sonhos. Mostra comprometimento ao defender a Sociedade Esportiva Palmeiras de ataques de mal-amados da imprensinha e das prostitutas do apito. Tem amor ao falar de Palmeiras, seja onde for, seja sobre o que, seja para quem for. É diferenciada e isso faz a diferença.
A torcia que canta e vibra dá show de fé, de incentivo. Não está contente, mas está junto, até o fim. Abandonar nessa hora não é coisa de palmeirense, perder a esperança não condiz com nossa história. Estar junto só na boa é ter um pé do outro lado do muro.
Todos nós sabíamos que não seria fácil. Em certo momento pareceu menos complicado. Conseguimos complicar o que parecia óbvio. Agora é a hora de manter a fé, de resgatar a confiança, mostrar que esse time é feito de homens e que tem personalidade suficiente para vencer esses três jogos que faltam.
Pode cessar ou piorar essa tempestade, mas eu não pulo desse barco, eu vou até o fim.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Goiás e Gambás, mostras de que vai ser difícil

Depois dos quatro tropeços, o Palmeiras dá mostras claras que reencontrou o caminho rumo ao título. Goiás e Gambás, foram dois jogos emblemáticos nessa reta final, um mostra o quanto o elenco assimilou esse momento decisivo do Campeonato, o outro deixa evidente o quanto será difícil vencer esse time nessa reta final.
Vencer o Goiás naquele momento turbulento, pressionado, com os bambis e a imprensinha nos calcanhares, com a benção de San Gennaro sobre Obina, com a união, agora, inabalável, torcida-time. Depois ir para o forno de Prudente, jogar meio-tempo com um jogador a menos, buscar o empate duas vezes e não perder a liderança, de quebra manter a freguesia. É mais que ser Líder, é ter pinta de Campeão.
Contra os gambás pode não ter sido a melhor das atuações, tecnicamente e taticamente falando, mas foi uma das mais superiores em superação. Mostrou poder de reação, mostrou que quer, pode e vai levar esse título. Enquanto umas vencem empurrando com a barriga, dentro de casa, um time "desfalcado" do goleiro titular, do artilheiro do time e da maior revelação. O Palmeiras reage e não se entrega contra o maior ex-rival, num jogo que pra mim será o marco desse título que está para chegar.
Agora só faltam cinco. Cinco decisões, a primeira é contra o Fluminense. Decisão para os dois. É mais uma vez mostrar a perseverança e obssessão por esse título. Falta pouco!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Vamos lutar juntos! Até o fim Palmeiras!

Pronto! Acabou a brincadeira! Acabou essa "férias" fora de hora em uma reta final de Campeonato Brasileiro. Agora não tem mais espaço para folga, a vantagem é miníma, as fofocas são grandes, o Palmeiras é maior, o elenco tem o seu valor e essa torcida merece ser Campeão Brasileira. Agora é levantar a cabeça, voltar dessa "férias" voando, fazer jus a essa "pré-temporada" em Atibaia e iniciar esse Campeonato de 7 jogos como se valesse a vida, a dignidade, o orgulho. E vale!
Menosprezam o Líder, desdenham do ponteiro, ironizam cada jogador do elenco, batem sem dó na torcida palestrina/palmeirense. Difamam o Palmeiras. Chegou a hora de fazer esses engolirem cada palavra que ousaram usar contra a Sociedade Esportiva Palmeiras e todos os seus. Chegou a hora de cada um mostrar o seu valor, jogadores, comissão técnica, diretoria e torcida.
Podemos usar muitas palavras para definir esse reinício no Campeonato que tem que ser reiniciado na quinta, contra o Goiás, confiança, comprometimento, gana, raça, garra... Mas a palavra de ordem, do momento, é: União. Jogadores e torcida tem que estar em sintonia para as próximas 7 decisões, não importando o desenrolar de cada partida.
Essa união entre nós e eles é fundamental para o sucesso do Palmeiras. Comprometimento, gana, raça, garra... sobra para esse grupo que temos hoje, ainda, em lugar privilegiado na tabela. A confiança foi quem sumiu, e ela só reaparecerá se estivermos unidos, juntos com eles, confiando neles.
Todos lutamos por um mesmo sonho e um mesmo objetivo.Vamos lutar juntos! Até o fim, Palmeiras!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Só vejo uma explicação, a falta de confiança

A maionese azedou. O barco parece estar a deriva, e pior, fazendo água. Bateu um vento ali nos arredores do Palestra Itália e da Academia de Futebol que bagunçou todo o nosso quintal. Mas que raios de maionese é essa que azeda justamente agora? Que barco é esse que começa a fazer na reta final? Que vento é esse que ninguém previa?
Não acredito em corpo mole, muito menos em racha no elenco. Não transfiro a culpa pela situação para qualquer jogador em individual, muito menos coloca toda ela em Muricy. Sem falar em criticar a Diretoria, o que beira a insanidade.
Passamos por momentos distintos no Campeonato. O de afirmação no início até conseguir a liderança. O de soberba quando nos consolidamos na frente e perdemos pontos que eram nossos no final do primeiro turno. O de confiança e, sobretudo, competência, quando conseguimos abrir vantagem sobre os concorrentes. E o atual, onde a confiança que sobrava, não existe.
Chegamos no auge na confiança e da competência contra Cruzeiro e Santos. Ali deu a impressão que nada nos tiraria o título, os jogadores certamente sentiram o mesmo. Veio o excesso de confiança abalado com o empate contra o competente Avaí no Palestra. Não bastasse ser um desesperado Náutico que joga num pasto, fomos remendados, 0 x 3. O time ruiu. A confiança foi embora, e sem ela não tem time no mundo que ande.
Me parece que o problema é muito mais, ou unicamente, psicológico. O time corre, busca, tenta, mas o que dava certo antes não dá mais hoje. O que tentava antes e tinha sucesso, hoje é um Deus nos acuda para dar certo na sorte. Aí vem o nervosismo por nada acontecer como antes. Pronto, está desenhado um resultado negativo.
Quem diz que esse time é ruim só pode ter começado a acompanhar o Campeonato a partir do jogo contra o Avaí, não tem outra explicação. Um time que lidera o Campeonato por 16, 17 rodadas não pode e nem deve ser criticado dessa maneira.
A confiança vai voltar! Que não seja tarde!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Tem que ser hoje!

Parece que depois de uma semana meu digníssimo teclado vai deixar eu escrever alguma coisa. Só Deus sabe o que aconteceu aqui para ele ficar maluco e alguma coisa sobrenatural fez ele voltar ao normal agora.
Enfim, talvez tenha sido até melhor não ter escrito nada pós-jogo de Domingo. Cabeça a mil, com derrota entalada na garganta e martelando na cabeça era bem provável que algumas besteiras fossem ditas. Certamente besteiras maiores das que eu possa dizer abaixo.
Os 2 x 0 para o Petkovic/Flamengo ainda não foram digeridos, e nem serão com a vinda do título. Foi incompreensível, principalmente da maneira como aconteceu. (Wendell, homem do primeiro pau tem que bicar a bola, não ajoelhar (?)).
Bom, a história continua a mesma, mas o capítulo mudou. Agora é Santo André, um time de veteranos e jogadores medianos para baixo, que está enterrado até o pescoço na Segunda Divisão. Fácil? Dificílimo! Não bastasse o desespero deles, tem a nossa responsabilidade (para não falar outra coisa) pela vitória.
Três pontos nos deixa muito próximos do título e devolve a confiança que parece perdida. Um revés pode complicar a tabela e soltar de vez o freio de mão em uma ladeira, a confiança iria embora e poderia levar junto uma coisa importante, almejada, que está em nossas mãos.
Hoje, a confiança tem que voltar. Tem que ter personalidade. Tem que voltar ao rumo das vitórias com aquela fome que já estavámos acostumados. Comprometimento não falta, a vontade existe, falta retomar a confiança e mostrar a personalidade, que existe. É o momento mais delicado que passamos no Campeonato, mais até daquele em que os bambis diminuiram a vantagem para 1 ponto. Tem que ser hoje!
Sete pontos jogando toda a responsabilidade para eles no final de semana. Confiança retomada para jogar contra o Goiás num Palestra que tem que ser um Caldeirão. Depois o clássico contra os gambás e pegar um Fluminense virtualmente rebaixado.
Hoje sim, realmente, pode começar a Arrancada para o título. E tem que ser hoje!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Três jogos sem vencer? Esse Palmeiras não fica

Alguém vai ter que pagar pelo sapo que o Palmeiras engoliu em Recife. Alguém vai ter que pagar pelas férias forçadas que Dunga fez Diego Souza passar na Seleção. Alguém vai ter que pagar pelas últimas más atuações do Líder. Ih, ferrou Flamengo, a conta sobrou pra você!
Depois do desenrolar das duas últimas rodadas a distância foi mantida e os jogos diminuiram. Pelas circunstâncias, admissíveis os dois tropeços. Um terceiro será incompreensível, e todos dentro do Palmeiras sabem disso. Os times do G-4 devem pontuar nessa rodada. É importantíssimo o Palmeiras vencer o Flamengo.
Tomamos um empurrão do Avaí e um tapa na cara do Náutico. Domingo é o dia de mostrar que estamos mais que acordados nesse Campeonato, que não afrouxamos a armadura com a liderança e a diferença de pontos. Que o Gigante realmente acordou!
É ruim que esse Palmeiras passe três jogos sem vitória. A motivação desse time vem dos tropeços. Perdeu para o Vitória e atropelou Cruzeiro, Atlético-PR e Santos. Agora empatou com Avaí e perdeu pro Náutico, que venha o Flamengo pagar essa conta.
Não vai ser fácil, mas com Diego Souza no jogo, sobrando jogo para Cleiton Xavier, Vágner Love querendo jogo, Souza não deixando Petkovic jogar e Danilo anulando o jogo de Adriano, pode ficar menos complicado. Sem falar na torcida jogando junto, a favor, os 90 minutos.
É clássico, um dos maiores do país. É complicado, cada um luta ferrenhamente por seu objetivo. É Palmeiras x Flamengo que já protagonizaram epopéias como a quarta-de-final da Copa do Brasil de 99, decisões como a da Mercosul também de 99, goleadas com os 4 x 1 no Maracanã lotado na semifinal do Brasileiro de 79.
Estamos em 2009, não é decisão, é "decisão", cada um brigando pelo o que lhe convem. Não precisa ter goleada. E Deus, sem sofrimento. Mas San Gennaro, que dê Palmeiras.
Não tenho dúvidas, voltarei a ver o Líder jogando com espírito de Campeão. Com aquela determinação, gana, raça, fome que já estava acostumado. Será um grande jogo, arrisco dizer que será um dos melhores desse Campeonato.
E repito, esse Palmeiras não fica três jogos sem vencer.