quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Palmeirenses em Copas!

Muitos tem dúvidas, poucos sabem, outros já tem o conhecimento de quais foram os campeões do Mundo pela Seleção Brasileira que representavam o Palmeiras na época das Copas. Então vamos à eles. Lembrando que só serão citados aqueles que em ano de Copa jogavam pelo Palmeiras. De forma bem resumida para que possamos debater sobre eles.
1958
Mazzola
José João Altafini, nascido em Piracicaba-SP em 24/07/1938. Começou no Piracicabano da cidade natal.
Em 1956, aos 16 anos veio para a base do Palmeiras, jogou até 1958, fez 114 jogos, marcou 85 gols. Não ganhou nenhum título.
Aos 20 anos foi jogar no futebol italiano onde se tornou ídolo de Milan, Juventus e Napoli (onde encerrou a carreira em 1976). Com o dinheiro de sua venda, o Palmeiras conseguiu quitar o que faltava ou comprar Valdir, Djalma Santos, Julinho, Chinesinho, Enio Andrade , Americo, Romeiro, Geraldo Scotto.
Pela Seleção Brasileira disputou 11 partidas (9 vitórias e 1 derrota). Seria o titular na Copa da Suécia, mas perdeu a vaga para Vavá. É um dos poucos jogadores que tiveram o privilégio de jogar duas Copas do Mundo por seleções diferentes. Na do Chile, em 62, defendeu a Itália.
Hoje é comentarista em emissora italiana. E muito respeito.
1962
Djalma Santos
Nasceu Dejalma Santos, em 27 de fevereiro de 1929 na cidade de São Paulo, se eternizou Djalma Santos.
Começou a jogar profissionalmente na Portuguesa, na Copa de 58 estava lá. Chegou ao Palmeiras em 1959, saiu em 1968. Jogou 498 vezes com a camisa do Palmeiras, com 295 vitórias, 105 empates e 98 derrotas. Marcou 10 gols.
No Mundial de 58, jogou só a final, era reserva de De Sordi, o titular teve uma indisposição após o almoço e deu a vaga a Djalma. Em 90 minutos ele foi eleito o melhor da sua posição na Copa. Poderia terminar de falar dele aqui né? Em 1963, foi o único brasileiro a integrar a seleção oficial da FIFA. Djalma Santos disputou quatro Copas (1954, 1958, 1962 e 1966).
Um fato que não tem nada a ver com Copa que ocorreu com ele merece ser contado sempre. em um jogo no interior de São Paulo, foi cobrar um lateral rente ao alambrado. Um sujeito o ofende de crioulo sujo e lhe arremessa um objeto, junto com a agressão vai o anel do mal-amado. Djalma recolhe o objeto vai até o agressor, lhe devolve o anel e diz: "Tudo bem". Um homem na concepção da palavra.
Hoje presta serviços a Prefeitura de Uberaba.
Zequinha
Nasceu, em Recife, José Ferreira Franco, em 18 de novembro de 1934. Faleceu a um mês, em 25 de julho, na sua terra, eternizado como Zequinha.
Chegou em 1958, fez 417 jogos, marcou 40 gols. Ganhou o Robertão de 67, a Taça Brasil em 60 e 67, o Rio-SP de 65, e os Paulistas de 59, 63 e 66.
Foi com maestria o antecessor de Dudu no meio-campo palmeirense. Foi o primeiro grande parceiro de Ademir da Guia. Para nós que não vimos jogar, compara-se a César Sampaio.
Na Copa do Chile não jogou, era reserva de Zito.
Ante de falecer era dono de uma lotérica.
Vavá
Edwaldo Izídio Neto, outro recifense, de 11 de dezembro de 1934. Começou no Sport, foi ao Vasco, passou pelo Atlético de Madrid
Chegou ao Palmeiras, consagrado, em 1960, ficou até 1963. Fez 114 partidas pelo Palmeiras, marcou 85 gols. Foi campeão paulista em 1963.
Pela Seleção o Peito de Aço fez 25 partidas, jogou as Copas de 58 e 62. E foi fundamental nas duas conquistas.
Faleceu em 19 de janeiro de 2002.
1970
Leão
Todos conhecem o Emerson Leão treinador de futebol, mas é preciso respeitar a história do Leão goleiro da Sociedade Esportiva Palmeiras.
Natural de Ribeirão Preto-SP, de 11 de julho de 1949, excelente goleiro, personalidade forte, chegou jovem em 1969 querendo salário compatível aos de Dudu e Ademir da Guia, as estrelas da companhia. Fez carreira e história no Palmeiras.
Formou uma das, senão a maior, defesa da nossa história, com ele, Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca. Fez 617 jogos pela Academia.
Na Copa do México, foi o terceiro goleiro. Era suplente de Félix, do Fluminense, e Ado, do Corinthians. Situação que incomodava absurdamente. Na Seleção disputou ainda as Copa de 1974 e 1986. Fez 115 jogos com a amarelinha.
Hoje é treinador, ou tenta ser (desculpem, não resisti).
Baldocchi
José Guilherme Baldocchi, de 14 de março de 1946, de Batatais-SP. Chegou ao clube de coração vindo do Botafogo de Ribeirão Preto e assumiu a titularidade após a saída de Djalma Dias.
Foi absoluto na zaga alviverde por anos, deixando Luís Pereira aguardando sua oportunidade, pasmem. Forte, viril, sério, zagueiro-zagueiro.
Disputou a Copa do México, mas não teve a chance de atuar. Era o reserva imediato do titular absoluto Brito.
Luís Pereira começava a ser Luís Pereira e Baldocchi pediu para ser negociado. O Palmeiras o trocou com o Corinthians pelo zagueiro Polaco e o ponta Paulo Borges.
Hoje Baldocchi é produtor de leito, soja e café em Batatais-SP.
Já tive a oportunidade de conversar com ele por telefone. Voz grossa, rouca, atencioso e de uma humildade absurda.
1994
Mazinho
Iomar do Nascimento, de Santa Rita-PB, nascido em 8 de abril de 1966. Foi revelado na mesma geração de Romário, no Vasco. Passou pela Europa antes de nos tirar da fila.
Jogou no Palmeiras de 92 a 94, fez 127 jogos, marcou dois gols. Fez a inesquecível jogada no terceiro gol contra o Corinthians na final do Paulista de 93.
Talvez foi o mais eficiente coringa do futebol brasileiro. Jogava de tudo, mas se destacou no meio-campo e disputou a Copa dos EUA ali. Ganhou a vaga de titular no meio do Mundial, entrando no lugar do 10 Raí. Entrou 40 vezes em campo pela seleção nacional.
Hoje tem residência fixa em Vigo (ESP), onde tem sua escolinha de futebol. Mas é técnico do time grego Aris Salônica.
Zinho
Crizam César de Oliveira Filho, nascido em Nova Iguaçu-RJ, em 17 de junho de 1967.
Zinho nasceu com a estrela de campeão. Ganhou tudo que disputou, menos aquele fatídico jogo em Tóquio, mas deixa pra lá.
Chegou do Flamengo em 93 e nos tirou da fila. Saiu em 94 e voltou em 98 para nos dar a América. Caiu em 2002, um dos poucos choros sinceros daquele ano.
Em 94 assumiu o meio-campo brasileiro e desenvolveu papel fundamental, apesar da inúmeras críticas infundadas que recebeu. Técnico, inteligente, obediente, vencedor. Abriu mão de sua camisa 11 para dar a Romário, jogou com 9.
Hoje é técnico do Miami, na terra em que ganhou o Mundo.
Particularmente, um dos meus maiores ídolos no Palmeiras.
2002
Marcos
A história do Santo em Copas ainda não acabou. Em 2002 foi injustiçado, merecia o prêmio de melhor goleiro do Mundial.
Outras Copas:
1934 - Nenhum
1938 - Luisinho
1950 - Juvenal, Jair Rosa Pinto e Rodrigues
1954 - Rodrigues e Humberto Tozzi
1966 - Djalma Santos
1974 - Leão, Luís Pereira, Alfredo, Ademir da Guia, Leivinha e César Maluco
1978 - Leão e Jorge Mendonça
1982 - Nenhum
1986 - Leão
1990 - Nenhum
1998 - Nenhum
2006 - Nenhum