segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Parabéns São Marcos! E obrigado por tudo!

36 anos atrás, em Oriente, interior pacato de São Paulo, nascia o mito, a lenda, o Santo que anos depois colocaria a cidade no mapa do Brasil, do Mundo.
E faz com que cada palestrino/palmeirense tenha a sensação de ter nascido ali naquela cidade, e crescido junto com ele nas suas andanças pelos rios, pastos e cachoeiras de sua juventude. É um filho, um irmão, um pai para cada um que ostenta o Palmeiras no coração.
Marcos Roberto Silveira Reis, um ícone do futebol, caráter irretocável, profissional do mais alto gabarito, homem no sentido mais amplo da palavra. Todos os adjetivos dados a Marcos aqui nesse espaço correria o risco de cair em redundância. Marcos se resume em uma única palavra, SANTO!
Quase a metade de sua vida dedicada à Sociedade Esportiva Palmeiras, 17 anos de clube, mais de 450 jogos, 11 títulos, inúmeros milagres, inesquecíveis alegrias, tristezas que o destino (e ele) fizeram ficar em segundo plano. Uma história gloriosa, um amor à camisa ímpar, uma trajetória vencedora. Um iluminado! Não por acaso tem a alcunha de Santo, nada mais justo.
Apareceu em 1992, magro, cabeludo, tímido. Se consagrou em 99, desconhecido, calvo, milagreiro. Se eterniza careca, ídolo, vencedor, querido.
Já ganhou o Brasil, já ganhou Estado, já teve a América e o Mundo aos seus pés. O maior prêmio ainda está por vir, o busto nas Alamedas de Palestra Itália. Honraria digna, justa e merecida para tentarmos retribuir tudo o que nos proporcionou. Mas o tempo pode esperar Marcos, paciência, sem pressa, vamos com calma. Nós esperamos mais uns quatro anos para ver tal homenagem.
Ganhou tanto que até o mais improvável dos títulos pode chamar de seu. É disparado o jogador mais querido do Brasil, rivais, inimigos e afins tem admiração inquestionável por ele. Com o jeito extrovertido, caipira, até inocente, ganhou o carisma de todo um país, seja jogadores, torcedores, dirigente, jornalistas. É um ícone.
O que Marcos, no auge dos seus 36 anos, ainda faz no Palmeiras ninguém conseguirá igualar. Pelo andar da carroagem, talvez seja o nosso último maior ídolo incontestável. É especial, um cara abençoado, um ser iluminado, um Santo embaixo dos três paus, um ícone do nosso esporte-rei. Marcos é Eterno!
36 anos e futebol para, no minímo, mais quatro. 17 anos e uma eternidade pela frente na Sociedade Esportiva Palmeiras.
PARABÉNS SÃO MARCOS! E OBRIGADO POR TUDO!

A janela abriu e o varal está estendido

"Oficialmente" está aberta a janela de transferências para a Europa e adjacências. "Oficialmente", porque é sábido que durante todos os meses do ano os gringos arrumam alguma brecha nela e buscam algum jogador aqui no Brasil.
Brasil? Não, o futebol brasileiro se tornou no varal do "primeiro Mundo". Seja na brecha deixada ou com a janela escancarada, só bastam a eles esticar o braço com alguns trocados e levar o que for melhor para si, deixando o dono da mercadoria com aquela sensação que mais uma vez foi enganado e que ainda não pode fazer nada para mudar tal constrangimento.
Nós torcedores também não. Não adianta reclamar, emburrar, espernear, gritar aos quatro ventos. Se não deixar o varal estendido a espera do comprador, não janta a noite e não almoça no dia seguinte. É a realidade miserável do futebol no Brasil.
As especulações irão pipocar, já pipocam (nenhuma alusão aquele que num passado recente ostentou a 9). Clubes aparecem do nada para levar o que tem de melhor no varal alviverde. O alarde em torno de qualquer possibilidade de negociação é elevado ao cubo para que o líder se abale. Como também é quase impossível que ninguém saia.
Qualquer previsão de um apocalipse no momento é dar murro em ponta de faca e dar a faca para outro torcedor socar. É dificil e quase impossível ter calma nesse Agosto que promete ser muito longo. Mas nosso nervosismo e imediatismo em que o desfecho de tais negociações se concretizem, pro bem ou pro mal, nada vai mudar o final da história.
Poxa vida gringaiada, não tem só Pierre e Diego Souza pendurados no varal. Tem Fabinho Capixaba, Jumar, Mozart também. Colabora aí "Donos do Mundo".