terça-feira, 14 de julho de 2009

Se não for ter paciência, eu não quero.

Era contra quando se cogitava que no Palmeiras poderia ser montada uma comissão técnica com ex-jogadores que passaram pelo clube. A imagem de alguns poderia ficar desgastada com os inevitáveis resultados negativos que certamente viriam. A história poderia ser esquecida e o presente, sem as glórias de outrora, tomaria a memória curta do torcedor palestrino.
Minha opinião mudou, está mudando na verdade. Quando li a entrevista do Eterno Matador Evair hoje naquele tendencioso diário esportivo, por um minuto tive a certeza de que queria uma comissão técnica com jogadores que fizem história no Palmeiras.
Além de Evair, temos aí no futebol mais dois grandes homens e ex-jogadores iniciando uma carreira profissional no futebol fora de campo. César Sampaio, se preparou muito para exercer o cargo de diretor/gerente de futebol, é respeitado, é respeitoso, seria uma ótima. Zinho, o nosso técnico dentro de campo em 99, trabalha nos EUA, se for convidar o Matador, chamem o Zinho também. E mantenham o Jorginho.
Tudo muito lindo, muito promissor, inovador, nostálgico, etc. Mas aí pegamos num ponto delicadíssimo do nosso Palmeiras, a paciência da nossa torcida. Queimar a história de ídolos eternos como Evair, Zinho e Sampaio por um trabalho sem resultado fora de campo seria como dar um tapa na história da Sociedade Esportiva Palmeiras, e nesse caso, a própria torcida estaria fazendo isso.
Jorginho não foi ídolo aqui, foi apenas um jogador comum como tantos outros que já vestiram o Manto, mesmo assim não deve ser execrado em caso de insucesso. É funcionário do clube, é profissional, está trabalhando no que gosta e, até então, bem.
A palavra de ordem é paciência, tanto no caso de Jorginho, quanto no de Evair, ou de Zinho e Sampaio. Se não tivermos paciência com esses profissionais, que venha então o Marcio Bittencourt, esse jogou nos gambás, esse merece (não que deva) ser respeitado.
Se não tiver paciência, não quero ex-jogadores trabalhando no Palmeiras. Preferiria ser surdo ao ouvir ídolos serem desrespeitados por quem deveriam idolatrá-los.
*Ps.: Zinho e César Sampaio são apenas hipóteses viáveis para um futura comissão técnica de ex-jogadores do Palmeiras. NÃO saiu nada de que eles possam fazer parte de alguma futura comissão.