Para o nosso bem, meu e seu que está lendo, preferi não escrever após o empate de quarta-feira. Iria ofender todo o time, comissão técnica, diretoria, e sabemos que de cabeça quente as críticas geralmente são absurdas.
Dois dias depois, a indignação passou, mas a frustração continua. Um misto de medo, tristeza, indignação, frustação, decepção tomam conta do coração palestrino aqui. Mas, como não haveria de ser, a confiança e esperança tem seu grande espaço. Amanhã, contra o Santos, é, mais uma vez, a hora de mostrar que esse grupo tem brio, quer vencer e não se abala, porque se não se classificar amanhã, o grande espaço que cabe minha confiança e esperança vai ficar ainda maior. Desclassificação amanhã, pode ser também a da Libertadores, como a classificação pode ajudar muito em carimbar nosso passaporte para as oitavas do sulamericano.
Na quarta não faltou vontade, empenho, garra, gana, busca pela vitória, faltou paciência. Qual a principal característica desse time? O toque de bola, certo? Então, pombas, trabalha a maldita bola, faz o adversário correr e dá o bote na hora certo, com aquele desespero de fazer o jogo correr e cruzar todas na área o gol não sairia, o time pequeno do Sport estava todo fechado. Como virá o Santos amanhã, espero terem aprendido a dolorosa lição do meio de semana.
Outras duas coisas, se Diego Souza é anulado, resta ao Cleiton Xavier chamar a responsabilidade, ser mais efetivo, buscar o jogo. Com ele em dia inspirado e com a bola nos pés, é muito dificil ganhar do Palmeiras. E Keirrison, ah moleque, tudo bem que você faz gol, sabe jogar, é matador, mas vamos correr meu filho, mais vontade nessa bagaça, minha paciência já está indo pro ralo. Ainda não vou criticar nosso promissor centroavante, mas está faltando pouco, muito pouco.
Por fim, as perguntas que não querem calar:
Deus, San Gennaro, São Marcos, Palmeiras, por que tem coisas que só acontecem ao Palmeiras?
Por que com o Palestra lotado as coisas tendem a dar errado?
Por que gol no último minuto com a bola pedindo pra ser tirada?
Por que Edmilson?
Onde está o Keirrison que chegou em janeiro? Alguém, por favor, devolva ele.
Por que Danilo? Que raios foi aquela cabeça pra trás na pequena área do nosso ataque?
Por que aquela cabeçada do Diego Souza não entrou?
Por que Magrão inventa de pegar justo contra o Palmeiras?
Quem é Sport?
Por que só com o Palmeiras acontecesse certos abortos da natureza?
Por que Deus, San Gennaro, São Marcos e Palmeiras?
Finalizado meus questionamentos, voltemos à sábado. Se jogar como jogou no meio da semana vence, a não ser no caso de mais um aborto da natureza dentro do Palestra (bati na madeira três vezes e me benzi). Amanhã, é mais um jogo do semestre, talvez o mais importante, podemos decidir Paulista e vida na Libertadores em um jogo, e é amanhã.
Classificando amanhã, a moral volta, a consciência de que podem reverter situações desfavoráveis aflora. É amanhã, tem que ser amanhã.
A minha certeza de que venceríamos o Sport me fez acreditar que o melhor seria um time misto contra o Santos, confesso que estava errado.
Ganhou o time cresce e busca o título paulista e a vaga na Libertadores. Perdeu, o time se abate e babáu semestre.
É tudo ou nada contra o Santos! É Paulista e Libertadores, ou nada!