Certamente você já deve ter ouvido falar em um tal de "Sobrenatural de Almeida". Mas talvez não tenho ligado o nome à pessoa, ou às pessoas. Se visível, Sobrenatural seria um senhor magrinho, que andaria com a ajuda de uma bengala, vestiria terno, gravata, sapato e chapéu preto, com uma camisa de linho branca por baixo.
Criado pelo genial imagiário de Nelson Rodrigues, também é Fluminense, mas tem um pé na Turiassu. Fatos que comprovam isso não faltam, era o trave que se afastou para que a bola entrasse no gol de Oséas na final da Copa do Brasil de 1998, foi Euller nos minutos finais de Palmeiras x Flamengo na Copa do Brasil de 1999, era Zapata na cobrança do pênalti final da nossa Libertadores, foi Preá no gol contra a Portuguesa nesse último Paulistão. Já foi Rivaldo, Djalminha, Alex e Valdivia. É Fluminense, mas também é Palmeiras.
Nelson Rodrigues já deve ter mandado um telegrama à Almeida. O que escreveu na velha máquina de datilografia deverá ser visto nessas última quatro rodadas. A cria não afrontará o criador.
A carta pede que Sobrenatural ajude que o seu Fluminense não sinta o gosto amargo do rebaixamento mais uma vez. E para isso Sobrenatural terá que entrar em ação contra o São Paulo.
E a pedido dos Santos que dividem o Céu com o escritor, que o time que tem um dos deles seja o Campeão Brasileiro de 2008. O único Santo que joga futebol é São Marcos de Palestra Itália.
Então Senhor Sobrenatural de Almeida, eu acredito em você. Só com a sua ajuda o pedido dos Santos poderá ser concretizado.
Durante essas últimas quatros rodadas, Sobrenatural de Almeida terá jornada dupla, embaixo do camisa de linho branca e do terno preto, habitará uma camisa, metade Fluminense, metade Palmeiras.
Que venha o Sobrenatural de Almeida!
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
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