terça-feira, 25 de novembro de 2008

Geraldo Scotto, o homem que parava Garrincha


Geraldo Scotto, nasceu na capital paulista em 11 de setembro de 1934. Mora há 33 anos na Vila Mariana, em São Paulo. É tido pelos torcedores mais veteranos como o maior lateral-esquerdo da história da nossa Sociedade Esportiva Palmeiras. Chegou ao clube em 1958, vindo do Santos, ficou no Palmeiras por 10 anos.

Nos 10 anos que ficou no clube, revezou a titularidade com outro craque da posição, o lateral Ferrari. Nos confrontos contra o Botafogo carioca era o responsável por marcar Garrincha. O Mané o considerava um dos seus mais competentes e leais marcadores. Numa época em que os laterais nao avançavam tanto ao ataque, ele fazia isso com inteligencia e competencia, chegou a marcar tres gols pelo nosso Palmeiras.

Além de jogar no Santos e no Palmeiras, também defendeu o Sao Paulo, XV de Piracicaba, Ponte Preta e Nacional de São Paulo. Apesar de ter jogado em dois rivais alviverde é um ídolo e um dos maiores jogadores da nossa história. Mais um esquecido, nao lembrado.

Estreou em 29 de maio de 1958, numa vitoria palmeirense por 2 x 1 contra o Nacional da capital, em um amistoso.

Despediu-se em 17 de dezembro de 1967, contra o Juventus da capital, também uma vitoria palmeirense por 2 x 1, válida pelo Campeonato Paulista.

Jogou 352 partidas, foram 215 vitórias, 72 empates e 65 derrotas. Marcou tres gols pelo Palmeiras.


Títulos:

Campeão paulista em 1959, 1963 e 1966

Torneio Rio-São Paulo 1965

Taça Brasil de 1960 e 1967

Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967


Aposentadoria:

"Eu vendia chapa de aço, aí roubaram meu carro e resolvi sair da firma e me aposentar. Fico em casa vagabundeando. Faço coisas leves, limpo o quintal, passeio na rua e bato papo com os amigos"


Uma pena:

"A garotada não vai lembrar de mim, tudo tem sua época. Mas tenho muitos amigos e reconhecimento"


Sente saudade:

"Eu não assisto mais futebol, desanimei. Me dá saudade, mas não dá mais para correr. Eu vi cada craque jogar, tinha muito cara bom"


Só marcou craque:

"Eu vi cada craque jogar, tinha muito cara bom. Gostava bastante do Mauro Ramos de Oliveira e do Canhoteiro, além do Julinho, Garrincha, Vavá, Coutinho e Pagão"


O segredo de marcar o Mané:

"Eu me dava muito bem contra o Garrincha, conseguia marcá-lo e dava sorte. Eu sempre joguei com muita vontade. Olhava para a bola, não para o corpo dele. Aí dava certo. Acredito que ele não tenha me driblado muito"


Mas também falhava:

"Todos os jogos contra o Garrincha foram memoráveis, eu gostava muito de marcar ele porque me deixava chegar perto. Teve uma partida em que estava bem, mas num lance com ele eu escorreguei e o Jairzinho fez o gol, dando a vitória para o Botafogo-RJ por 4 a 3"


A maior frustração:

"A única coisa que senti demais foi ter quebrado a perna em 62, uma semana antes da Copa. Era uma partida no Pacaembu, contra o São Paulo. Foi uma jogada com o ponta-direita Célio e fiquei nove meses parado. Queria muito ir, mesmo que fosse para ficar na reserva do Nílton Santos".


Chinesinho, o jogador que "pagou" o Jardim Supenso

Sidney Colônia Cunha, gaúcho, nascido em 15 de setembro de 1935. Jogou no Palmeiras, Renner (RS), Inter de Porto Alegre, Modena (ITA), Lanerossi (ITA) e Vicenza (ITA). Foi o antecessor de Ademir da Guia. Com o dinheiro de sua venda ao Modena foi possivel a reforma do Palestra Itália e a construçao do nosso Jardim Suspenso. Foi nosso técnico em 1985 por 14 partidas. Esse é Chinesinho, o tal do Sidney.


Baixinho, troncudo, olhos puxados, habilidoso, sabia fazer gols, armar contra-ataques rápidos. E era o 10 de um time inesquecíevl formado por: Valdir de Moraes, Djalma Santos, Valdemar Carabina, Geraldo Scotto, Zequinha, Julinho Botelho, Nardo, Américo e Romeiro.


Chegou ao Palmeiras em 1958, vindo do Internacional junto com Valdir de Moraes.


Estreou em 24 de julho do mesmo ano, numa derrota por 3 x 1 para o Comercial de Ribeirao, pelo Campeonato Paulista.


Se despediu em 25 de agosto de 1962, vitória por 1 x 0 contra o Juventus da Rua Javari, pelo Campeonato Paulista.


Fez 241 jogos. Foram 147 vitórias, 46 empates e 48 derrotas. Marcou 48 gols.




Títulos:


Campeonato Paulista de 1959


Taça Brasil de 1960




Esse Supercampeonato Paulista de 1959 desbancou uma pequena hegemonia do Santos de Pelé, numa melhor de 4 pontos, já que as duas equipes acabaram empatadas o campeonato. Gol do título de Romeiro, cobrando falta. Título esse que acabou com jejum de 9 anos do nosso Palmeiras. Um dos mais importantes da nossa história.


Chinesinho foi convocado diversas vezes para Seleçao Brasileiro, mas na convocação para a Copa de 62 foi preterido por Mengálvio, do Santos. Muitos acharam uma injustiça.


Ta ai, esse é o "chines gaúcho" que fez história na Sociedade Esportiva Palmeiras. Foi treinador, antecedeu com maestria aquele que viria a ser nosso maior ídolo. E "pagou" o nosso Jardim Suspenso.Apesar de ter jogado apenas quatro anos aqui fez muito sucesso e é um dos nossos maiores craques do passado, achei valido contar um pouco de quem foi o famoso Chinesinho que poucos conheciam, inclusive eu.