terça-feira, 23 de junho de 2009

O Salvador e o Anti-Cristo. E vice-versa.

O Salvador que já salvou algumas vezes, hoje é execrado por parte daqueles que salvou um dia. Normal, se fosse menos. Anormal da maneira que vem acontecendo. Tudo bem, hoje o passado não dá frutos, mas esse mesmo passado nos deu um pomar repleto de troféus. Aquele salvador do passado deixa a desejar no presente, concordo. Sim, é caro e pouco recompensador. Mas não é o Anti-Cristo que estão pintando com as cornetas e bandeiras comendo o velho amendoim, ouvindo ou não o seu radinho, zappiando com o controle remoto ou com a tv desligada, sentado no sofá ou em pé na arquibancada. Todos os grupos de torcedores do Palmeiras tem aqueles que tornaram o Salvador de outrora no Anti-Cristo dessa semana.
Aquele que um dia era odiado como o Anti-Cristo palmeirense, cheio de piadinhas sarcáticas que é de sua índole, encenações dignas do clube que o dispensou, arrogância camuflada ao comentar seus feitos nos últimos três anos, hoje é é pintado pelos mesmos citados acima como o Salvador de Palestra Itália.
Incoerência? Memória curta? Desespero? Perseguição? Grama do vizinho sempre mais bonita? Tudo isso junto no mesmo pensamento sonhador do torcedor apaixonado e cego? Pode ser, deve ser.
Hoje temos o ex-Salvador que é quisto como o Anti-Cristo. Até semana passada o ex-Anti-Cristo nem era cogitado como Salvador.
Gosto do Muricy, como técnico. Assim como gosto de Luxemburgo, como técnico. Como pessoas, ambos deixam a desejar. Como treinadores, são top de linha.
Agora pensemos um pouco, é inegável a identificação de Muricy com o time bambi, três brasileiros consecutivos não são três Rio-SP's. A torcida colorida gosta dele, ele sabe disso e vai querer fazer sua peculiar média e pagar de profissional exemplo para a mídia e para ele mesmo. Acho muito difícil aceitar algum convite do Palmeiras, se esse for feito ainda nesse semestre.
Muricy não foi procurado, não há porque cogitar especulações sem fundamentos.
Ainda temos o Salvador, deixem o Anti-Cristo quietinho e com a boca murcha lá na casa dele enchendo a cara.