segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O problema não é perder, quinto lugar ou os quatro pontos

O problema não foi perder, não é o quinto lugar, não são os quatro pontos que o Grêmio abriu. A derrota no Rio de Janeiro chega a ser normal, o Fluminense tem um bom time, está na situação que está, simplesmente por estar. O quinto lugar nesse campeonato nivelado entre os cinco primeiro colocados é completamente reversível. A diferença para o Grêmio será tirada no Palestra com nossa vitória e algum tropeço dele até lá.
O problema é e foi como aconteceu essa derrota, o quinto lugar e a distância de quatro pontos para o penta. Depois de buscar um empate épico contra os bambis no caldeirão do Palestra Itália numa demonstração que há muito não víamos de luta, garra, perseverança e, acima de tudo, vontade de ser campeão. O time pareceu esquecer tudo o que tinha passado no dia 19, entrou e manteve-se apático por toda a partida, nos fez lembrar tempos que já tinham sido esquecidos, tempos de Candinho, Bonamigo, Leão, etc. No calor do Rio de Janeiro, o time do Caldeirão foi frio, gelado, mórbido, morto.
Pra vencer, ser campeão tem que voltar a ser aquele time de domingo 19 de outubro contra as bixas, tem que ter vontade de ser vencedor, sem sangue no zóio ninguém chega a lugar nenhum.
Sempre acreditei no Palmeiras, sempre vou acreditar. Faltam sete jogos, sete decisões. Vinte e um pontos e quatro pra serem tirados. Eu estou vivo na briga, espero que o time também esteja.
Antes de acabar o campeonato não criticarei nenhum jogador, criticarei a postura do time. Não dá mais pra oscilar ótimas, regulares e péssimas partidas. Daqui pra frente tem que ser perfeito. Tem que ser campeão.
E vamos ser campeões, nós torcedores e esse time que vai parar de oscilar... espero!

O PENTA É QUESTÃO DE TEMPO!

Waldemar Fiume, o Pai da Bola


Um dos três ex-jogadores alviverdes com a honra de ter um busto nas alamedas do Parque Antarctica, Waldemar Fiume nasceu no dia 12 de outubro de 1922 e faleceu em 06 de novembro de 1996, por problema no coração. Nos deixou apenas a vontade de te-lo visto atuar, nos consolando com as reportagens daqueles que tiveram o privilégio de vê-lo em campo.


Jovem magro, alto, esguio e de enorme habilidade, foi um dos únicos a se destacar na extinta Varzea do Glicério, no final da década de 30. De lá foi levado por um fanático palestrino. Um teste bastou para que Fiume ficasse no Palestra Itália.


Defendeu o Palestra/Palmeiras de 1941 a 1958, 17 anos honrando nossas cores e tradição que ali surgia e perpetuava. Fez 572 jogos.


4 Campeonatos Paulistas em 1942, 44, 47, 50

1 Rio-São Paulo em 1951

1 Mundial Interclubes de 1951

e outros de menor expressão


Recebeu o apelido de "Pai da Bola", porque começou como meia-direita, passou a volante e terminou na quarta-zaga. Descobriu que era zagueiro por mais uma artimanha do São Paulo, que numa manobra junto ao STJD da época proibiu o volante Dacunto de jogar a final do Paulista de 1944, Waldemar Fíume foi recuado pra sua vaga. Foi o melhor em campo. Em mais uma improvisão, agora em 1946, fez linha de zaga com grandes nomes da nossa história, ao lado de Gengo e Og Moreira formou um dos trios de zagueiros mais brilhantes da nossa história. Como zagueiro passou a ter o rendimento muito melhor q na época de meia-direita e volante.


O Pai da Bola atuou 17 anos consecutivos com o manto alviverde, nunca vestiu a camisa de outro clube. Tem um busto no Parque Antarctica, ao lado de Ademir da Guia e Junqueira.


Quando jogava nao gostava de dar entrevistas, mas achei essa declaraçao dele falando sobre como o futebol mudou (nao sei em q ano foi):


"Naquela época o futebol era diferente. Atualmente, a parte física tem grande importância e até mesmo prevalece. No meu tempo se o jogador apresentava facilidade para driblar e armar já dava um grande passo rumo ao sucesso".