segunda-feira, 16 de março de 2009

Nada pode apagar a história!

É triste! É deprimente! É vergonhoso! É algo que jamais imaginaria ver na minha vida! É não saber a história do próprio clube! É não valorizar a história de quem ajudou, mais do que ninguém, a fazer do Palmeiras o Campeão do Século XX! É não respeitar o homem, o jogador, o palmeirense, a divindade Ademir Divino da Guia!
Desde 1962 passaram-se 47 anos, completados nesse 2009. Ademir da Guia tem 47 anos de Sociedade Esportiva Palmeiras, jogou 903 partidas, marcou 157 gols, ganhou 17 títulos. Ademir Divino da Guia fez mais pelo Palmeiras do que qualquer um de nós um dia possamos sonhar no mais mágico dos nossos sonhos. Fez mais do que qualquer um que vestiu nosso Manto.
Desrespeitá-lo é dar um tapa na cara na nossa história, é esquecer as duas Academias. Ademir chegou ao Palmeiras, vestiu o manto, assumiu a alcunha de Divino, humilhou rivais, foi gênio, é história, sempre será heroí, nunca vilão. O maior jogador da nossa história não pode ser obrigado a ver o que a torcida do seu Palmeiras está querendo fazer com ele. Ele não merece isso. Os palmeirenses que valorizam a história também não merecem isso.
Ele vestiu a camisa cheia de cor em um visível ato de má fé do Pit Bitoca. E daí? Uma foto vai apagar o que ele fez pelo Palmeiras? Vamos esquecer sua história no Campeão do Século XX? Ofende-lo é esquecer tudo o que ele fez. É inadmissivel!
Lembrem-se, ele nunca saiu do Palmeiras, a história dele se confunde com a do Palmeiras. De ontem até esse momento já li absurdos que me fizeram ter a certeza que o torcedor palestrino/palmeirense (se é que posso chamar essa gente assim) não respeita a gloriosa história do Palmeiras.
Ler que Valdivia é mais ídolo que Ademir da Guia é uma heresia. Leivinha nunca foi mais jogador que ele. Evair não é mais ídolo que Divino. Marcos, talvez, talvez, se compare a ele. Se bem que ídolo cada um escolhe o seu, mas jogador com a bola rolando, NENHUM jogou mais que ele. Ele é sim o maior jogador da nossa história e como tal merece todo o nosso respeito.
Pelé vestiu a camisa de todos os grande clubes brasileiros em uma campanha publicitária, vejam se os santistas o renegaram? Rivellino vestiu nosso Manto na despedida desse mesmo Divino, vejam se os gambás o recriminam? Zico vestiu a do Vasco, nunca vi um flamenguista ofendê-lo.
Todos tem o direito de discordar da atitude de Ademir da Guia, mas com o respeito que ele merece e com inteligência, cada vez mais rara na torcida palestrina/palmeirense.
Eternamente grato Ademir do Palmeiras, Divino dos campos, Guia da bola! Nada, nada, vai apagar sua história na Sociedade Esportiva Palmeiras! O maior jogador da história do Jardim Suspenso de Palestra Itália!

Uma pena que dure até o próximo empate

Como que se da água para o vinho, mudou tudo na torcida palestrina/palmeirense. Não há mais aquela "monstruosa crise" alardeada pela imprensa e adotada por parte dos torcedores. Não há mais critícas ferrenhas contra Luxemburgo por ele ter "abandonado" a equipe na sexta-feira para ir àquela reunião em Brasília. Não há mais viúvas de Valdivia's, Kleber's, Arce's ou Alex's. O time voltou a ser (na verdade, nunca deixou de ser) o melhor do País sábado, as 18:00. Keirrison voltou a ser artilheiro (como se algum dia tivesse deixado de ser, né!). Marquinhos, Lenny, Cleiton Xavier, Diego Souza e, até, Fabinho Capixaba se tornaram quase que unânimes no coração imediatista alvi-verde. Mas até quando essa nova lua-de-mel vai durar? Até o próximo empate?
Esses mesmos torcedores se tornam quase que insuportáveis com tamanha euforia. Piadinhas descabidas, descontração exagerada, ilusões vindo à tona, previsões precipitadas, tudo isso e mais um pouco toma conta de fóruns pela internet nessa segunda-feira. A pergunta e a resposta que termina o parágrafo acima serve aqui também.
A vitória de sábado contra o Barueri foi muito mais importante que possamos imaginar. Mais um jogo sem vitória, e jogando no Palestra Itália, aí sim, poderia fazer com que a torcida embalada pela imprensa estourasse a tão esperada crise pelos periódicos esportivos.
E mostrou mais, vimos um Luxemburgo que colocou o time em um 4-4-2 (é assim que o time tem que jogar Luxa!) muito bem montando e que depois de alguns surtos conseguiu mexer corretamente no time. Para mim, foi o maior responsável pela vitória. Vimos, mais um vez, um Lenny arrojado, confiante, sem medo e decisivo, sem dúvida, um novo Lenny, mas ainda reserva do time. Willians é muito importante taticamente. E vimos, pela primeira vez, um Marquinhos, ainda não aquele do Vitória, mas com fome e com vontade, está ganhando confiança e ele com isso nos ajuda demais.
Ficou claro que se Cleiton Xavier (partidassa!) e Diego Souza estiverem em um bom dia o nosso jogo flui, o time anda e a bola chega a Keirrison. Keirrison que Graças a San Gennaro voltou a marcar, a bola do artilheiro teimava em não entrar no gol nos últimos jogos e nesse último.
Do Monstro eu não falo nada. Simplesmente, Pierre! Monstro Pierre! Merece fazer gol em todos os jogos.
O que me deixa com um pé-atrás, ressabiado e triste é saber que no próximo empate o que vinha acontecendo até sábado, até o primeiro gol de sábado, vai voltar tudo. Ninguém vai prestar, Luxemburgo voltará a ser "Luxemburro", Cleiton Xavier, Diego Souza, Lenny, Marquinhos, Keirrison e cia voltarão a ser os "maiores enganadores" do futebol brasileiro. E esse mesmo time dará vexame na temporada 2009. Esse é o meu único lamento do nosso Palmeiras Campeão de Tudo em 2009.
E eu respondo as perguntas dos dois primeiros parágrafos. "Essa lua-de-mel vai durar até o próximo empate sim. E poderia ser contra o Barcelona no Camp Nou que acabaria do mesmo jeito".
Um time campeão precisa de apoio na vitória, no empate e na derrota. Criticas descabidas de desvairados só servem para tumultar um ambiente que não tem o porque de ser tumultuado.
É Dia 8!