A maionese azedou. O barco parece estar a deriva, e pior, fazendo água. Bateu um vento ali nos arredores do Palestra Itália e da Academia de Futebol que bagunçou todo o nosso quintal. Mas que raios de maionese é essa que azeda justamente agora? Que barco é esse que começa a fazer na reta final? Que vento é esse que ninguém previa?
Não acredito em corpo mole, muito menos em racha no elenco. Não transfiro a culpa pela situação para qualquer jogador em individual, muito menos coloca toda ela em Muricy. Sem falar em criticar a Diretoria, o que beira a insanidade.
Passamos por momentos distintos no Campeonato. O de afirmação no início até conseguir a liderança. O de soberba quando nos consolidamos na frente e perdemos pontos que eram nossos no final do primeiro turno. O de confiança e, sobretudo, competência, quando conseguimos abrir vantagem sobre os concorrentes. E o atual, onde a confiança que sobrava, não existe.
Chegamos no auge na confiança e da competência contra Cruzeiro e Santos. Ali deu a impressão que nada nos tiraria o título, os jogadores certamente sentiram o mesmo. Veio o excesso de confiança abalado com o empate contra o competente Avaí no Palestra. Não bastasse ser um desesperado Náutico que joga num pasto, fomos remendados, 0 x 3. O time ruiu. A confiança foi embora, e sem ela não tem time no mundo que ande.
Me parece que o problema é muito mais, ou unicamente, psicológico. O time corre, busca, tenta, mas o que dava certo antes não dá mais hoje. O que tentava antes e tinha sucesso, hoje é um Deus nos acuda para dar certo na sorte. Aí vem o nervosismo por nada acontecer como antes. Pronto, está desenhado um resultado negativo.
Quem diz que esse time é ruim só pode ter começado a acompanhar o Campeonato a partir do jogo contra o Avaí, não tem outra explicação. Um time que lidera o Campeonato por 16, 17 rodadas não pode e nem deve ser criticado dessa maneira.
A confiança vai voltar! Que não seja tarde!