O menino Ademir da Guia, nascido em 03 de abril de 1942, no Rio Janeiro, até os 10 anos só pensava em piscina. Amigos do pai, do Divino Domingos da Guia, já se preocupavam, diziam que o loirinho sarará não vingaria no futebol. Ao contrário do pai que acabava de encerrar a carreira e dos tios Luís Antônio, Landislau e Mamédio. Tinham como dada a saga dos da Guia terminada ali, com aquele menino que ganhava troféus pelo Bangu Atlético Clube, mas na piscina. Tolos. Só foi preciso algumas peladas na rua para que fosse chamado a fazer parte do Céres (RJ). Depois passou pelo Bangu, juvenil do Botafogo e retornou ao Bangu. Nessa altura, a piscina era passado. O presente e o futuro era o futebol.
O filho de Domingos, que já mostrava elegância, toque refinado de bola, visão de jogo, bom posicionamento, senso de equipe e extrema lealdade foi oferecido ao Santos, mas graças a Deus, por divergências salariais não virou santista.
O rebento do Divino Mestre, chegou ao Palmeiras em 1962, e já herdou o apelido do pai. Eternizou a alcunha, se eternizou, foi maestro, fez história nas duas Academias, foi e é herói, Rei, o nosso Rei. Nem Pelé, aquele que dizem ser o “Rei”, vestiria o manto verde tão bem quanto Ademir da Guia. O nosso maior de todos. O Pelé branco.
O maior injustiçado do futebol brasileiro, sua arte nunca teve o reconhecimento merecido na Seleção Brasileira. Fez apenas 12 jogos e não marcou nenhum gol. Despediu-se da Seleção na derrota para a Polônia na disputa do terceiro lugar na Copa da Alemanha de 1974, foi substituído no intervalo. Um pecado, um erro, um tapa na cara do bom futebol.
No Palmeiras, onde tem e teve o reconhecimento que lhe faltou na Seleção. Conquistou 17 títulos, é o nosso maior campeão da história. Defendeu o clube em 903 partidas, é o nosso recordista de jogos. Fez 157 gols, é o terceiro maior artilheiro da história do clube. Ídolo incontestável. O maior ídolo da nossa história.
Os títulos:
5 Campeonato Paulista: 1963, 1966, 1972, 1974 e 1976. 1 Torneio Rio-São Paulo: 1965. 1 Torneio IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro: 1965. 1 Taça Brasil: 1967. 2 Torneio Roberto Gomes Pedrosa: 1967 e 1969. 3 Troféu Ramón de Carranza (Espanha): 1969, 1974 e 1975. 1 Torneio Laudo Natel: 1972. 1 Torneio Mar del Plata (Argentina): 1972.
Nos deu inúmeras alegrias, jogos épicos, jogadas memoráveis, dezenas de títulos, centenas de gols. Mas em 1975, nos deu o sinal que não dava mais. Em Manaus, sentiu uma crise de falta de ar, seguidos de outros. No ano seguinte, recebeu proposta do Corinthians, uma piada, a melhor de 1976. Em 1977, no intervalo de um jogo contra a gambazada pediu para sair. Só voltaria a vestir o manto em 1984, num jogo de despedida.
O filho de Domingos, que já mostrava elegância, toque refinado de bola, visão de jogo, bom posicionamento, senso de equipe e extrema lealdade foi oferecido ao Santos, mas graças a Deus, por divergências salariais não virou santista.
O rebento do Divino Mestre, chegou ao Palmeiras em 1962, e já herdou o apelido do pai. Eternizou a alcunha, se eternizou, foi maestro, fez história nas duas Academias, foi e é herói, Rei, o nosso Rei. Nem Pelé, aquele que dizem ser o “Rei”, vestiria o manto verde tão bem quanto Ademir da Guia. O nosso maior de todos. O Pelé branco.
O maior injustiçado do futebol brasileiro, sua arte nunca teve o reconhecimento merecido na Seleção Brasileira. Fez apenas 12 jogos e não marcou nenhum gol. Despediu-se da Seleção na derrota para a Polônia na disputa do terceiro lugar na Copa da Alemanha de 1974, foi substituído no intervalo. Um pecado, um erro, um tapa na cara do bom futebol.
No Palmeiras, onde tem e teve o reconhecimento que lhe faltou na Seleção. Conquistou 17 títulos, é o nosso maior campeão da história. Defendeu o clube em 903 partidas, é o nosso recordista de jogos. Fez 157 gols, é o terceiro maior artilheiro da história do clube. Ídolo incontestável. O maior ídolo da nossa história.
Os títulos:
5 Campeonato Paulista: 1963, 1966, 1972, 1974 e 1976. 1 Torneio Rio-São Paulo: 1965. 1 Torneio IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro: 1965. 1 Taça Brasil: 1967. 2 Torneio Roberto Gomes Pedrosa: 1967 e 1969. 3 Troféu Ramón de Carranza (Espanha): 1969, 1974 e 1975. 1 Torneio Laudo Natel: 1972. 1 Torneio Mar del Plata (Argentina): 1972.
Nos deu inúmeras alegrias, jogos épicos, jogadas memoráveis, dezenas de títulos, centenas de gols. Mas em 1975, nos deu o sinal que não dava mais. Em Manaus, sentiu uma crise de falta de ar, seguidos de outros. No ano seguinte, recebeu proposta do Corinthians, uma piada, a melhor de 1976. Em 1977, no intervalo de um jogo contra a gambazada pediu para sair. Só voltaria a vestir o manto em 1984, num jogo de despedida.
Frases dele e sobre ele:
"Ademir da Guia, tens o nome, o sobrenome e a bola do craque". - Armando Nogueira, Jornalista e Cronista Esportivo.
"A gente brincava de 'bobinho' nos treinos e tentava fazer o Ademir ir para o meio. Todo mundo tocava para ele com efeito, mas não tinha jeito. Do jeito que a bola viesse ele dominava. Eu não me lembro de uma única vez em que o Ademir tenha ido para o meio da roda." - Leivinha
"Sem Ademir da Guia o Palmeiras é menos Palmeiras" - Treinador Rubens Minelli ainda nos anos 60.
"O preço que vocês pagaram não é o que vale só uma das pernas dele!" - Freitas Solich, técnico do Flamengo, em 1961, dirigindo-se a um dos diretores do Palmeiras, que acabara de comprar Ademir da Guia do Bangu.
"Ele está jogando demais. É para o Palmeiras o que o Pelé é para o Santos. Quem ganhou do Fluminense não foi o Palmeiras, foi o Ademir da Guia". - Zagallo, em 1971, sobre a derrota do Fluminense para o Palmeiras na Copa Libertadores daquele ano.
"Quando Ademir da Guia pegava na bola, o estádio se acalmava" - acho q foi o Armando Nogueira
"Quem tem que correr é a bola. Eu tenho pulmão, ela não!"
"Quem tem que correr é a bola. Eu tenho pulmão, ela não!"
"Marcar Ademir da Guia é excessivamente cansativo. Corro o dobro, tendo a impressão que ando. Ele põe o ritmo que quer no jogo. Tem táticas próprias. E deixar o adversário exausto e quase sem raciocínio é uma delas" - Clodoaldo, ex-volante.
"Se Ronaldo, Ronaldinho, Adriano e Robinho são o quadrado mágico; Pelé, Gérson, Rivellino e Ademir da Guia seriam o que então? Um quadrado perfeito? Zagallo já teve essa oportunidade e não optou, por que saberia o que fazer agora?" - Flávio Toro.
“Ás vezes Deus brinca com a gente, caso a gente faz mal-criação. Aí põe a gente pra marcar o Ademir da Guia e passamos a noite em claro. Antes e depois do jogo.” – Orlando, ex-zagueiro.
"O Ademir jogava de forma tão elegante que dava a impressão que ele não jogava de uniforme, jogava de terno e gravata".
"O Ademir jogava de forma tão elegante que dava a impressão que ele não jogava de uniforme, jogava de terno e gravata".
Um poema feito pra ele:
Ademir da Guia(João Cabral de Melo Neto)
Ademir impõe com seu jogo
o ritmo do chumbo
(e o peso),da lesma, da câmara lenta,
do homem dentro do pesadelo.
Ritmo líquido se infiltrando no adversário,
grosso, de dentro,impondo-lhe o que ele
deseja,mandando nele, apodrecendo-o.
Ritmo morno, de andar na areia,
de água doente
de alagados,
entorpecendo e então atando o mais
irrequieto adversário.
Uma música feita pra ele:
O Filho do Divino(Arnaud Rodrigues)
Obrigado Domingos
Pois que deste ao mundo
Um filho Divino
Dez de ouro de lei
Do quilate mais fino
E assim quis o destino
Que as passadas do pai
O filho fosse o seguidor
Na passada sublime
Seus cabelos de fogo
São fios de vime
Ele é filho do mestre
Do mostro de um time
Que o mundo define
Como um criador
Dos verdes campos mundiais
Entre urros e gritos
Humilde rei
E seu nome entre os mitos
Eu cantarei
Força nos pulmões
Vibrem corações
Torçam com os passes
Deste Mágico Divino
Igual ao pai
Porque hoje é domingo
Ele faz o que fez
Em mil outros domingos
Ele pisa na grama
E ela fica sorrindo
E um gol explodindo
Obrigado Domingos
Por nos dar um novo Guia.
OBRIGADO DIVINO... AGRADECEMOS POR TER VESTIDO NOSSO MANTO...
Um comentário:
Gostei muito do texto publicado em 15 de outubro de 2008, no qual se refere a um dos melhores jogadores que ví jogar sou flamenguista e tenho o Bangu como meu segundo clube. Parabéns pela publicação.
Sucesso no Blog.
Atenciosamente Antonio Pedro Vidal neto
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