Clássico. Palmeiras versus Corinthians. Bom empate. Resultado normal. Freguesia mantida. Mediocridade corinthiana alardeada nos quatro cantos do Mundo. Superioridade, grandeza palmeirense ainda mais evidente.
A imprensa faz o seu papel de mostrar ao Mundo o gol do Gordo. A imprensa põe o Ronaldo acima do Corinthians. A imprensa faz o seu papel, põe o Corinthians no seu devido lugar, abaixo de nós, abaixo de um único jogador. E o engraçado é que a gambazada vai na onda e se rebaixa ainda mais compartilhando desse oba-oba.
Agora vai um pequeno relato do que vi ontem:
Churrasco, cerveja, futebol e mulher. As quatro coisas que fazem o homem ter prazer em viver. Como se não bastasse, esse futebol era Palmeiras e Corinthians. Eu, mais 12 gambás e um bambi sentados na mesma sala acompanhando o jogo regado a cerveja e muito cigarro (a carne ainda não tinha saído).
Como de hábito, a maioria gambazenta chegou atrasada perguntando se o Ronaldo estava em campo (Ué, o jogo era Palmeiras contra Corinthians ou Palmeiras contra Ronaldo?). A bola rolando em campo, eu apreensivo com o jogo, o bambi quieto e os gambás vibrando a cada uma das inúmeras aparições do Gordo sentado no banco de reservas. Pensava comigo, mas gambazada e o jogo?
Durante o primeiro tempo, pequenas discussões sem maiores consequências tumultuaram nosso ambiente quase que fraternal, como não poderia ser diferente meus argumentos eram abafados pela maioria fedida, não raros sempre falando do amor da vida deles (Não! Não é o Corinthians!).
Intervalo. Mais cerveja, mais cigarro. E pra eles mais Ronaldo. Nesse momento fiquei de longe ouvindo as declarações de amor quase que bambísticas para com o Comedor de Traveco.
Segundo tempo, a cerveja de todos já subiram, a empolgação aumenta e as mulheres se juntam aos homens na sala. Ambiente desconfortável agora, cerca de 20 pessoas num cúbiculo. Para eles imagino que estava bom, ou ao menos, familiar, sabemos que os presídios do Brasil são super lotados, né.
Quando Keirrison dá aquele lindo passe a Diego Souza e o Caçador de Borboletas Felipe erra, silêncio quase que fúnebre interrompido com meu grito de GOL e inúmeros palavrões. Quando me dei conta estava no meio da sala rodeado de gambás sedentos por sangue. Tomei um tapa de leve no braço, mas não foi de um gambá. Era minha companheira tentando me tirar do quase inevitável corredor polonês.
Daí em diante, não me contive. Piadinhas, gozações e tudo o mais contra eles. Mas sempre atento ao jogo.
Fui buscar uma cerveja na cozinha, minha companheira me acompanha e pedi para eu ficar quieto, que caso tomassemos um gol eu estava perdido (Boca maldita, fala aí?). Nesse momento um grito de gozo vem da sala, corri para ver o gol gambazento. Não era gol, era Ronaldo que ia entrar.
Desse momento em diante o dia estava completando para eles. O jogo ficou em segundo plano. O que interessava estava acontecendo, Ronaldo Comedor de Traveco Nazário de Lima estava em campo contra o Gigante Palmeiras. Orgasmos múltiplos tomaram conta do ambiente. Ao mesmo que foi bonito ver aquela idolatria foi ridículo ver que a "fiel" torcida esqueceu do seu time e passou a torcer exclusivamente por um único jogador, um gordo.
No escanteio do gol gritei por Bruno. O Gordo marcou. O corredor polonês foi inevitável. E enquanto tomava uns tapas (faz parte da cultura gambá agredir), não escuta gritos de "É Corinthians!", apenas ouvia "Ronaldo! Ronaldo! Ronaldo!".
E o bambi? Pasmem, o bambi comemorou o gol gambá.
O jogo acabou. O churrasco continuou e a discussão ficou quente. Meus argumentos foram os mais diversos, os deles apenas um, o já cansativo Ronaldo.
Ontem eu vi, confirmei mais do que nunca que o Palmeiras é o maior do País. E que Palestrino/Palmeirense é o mais apaixonado dentro todos os torcedores. Torcemos para o Palmeiras vencer, queremos sempre o topo, estamos no topo. Não torcemos por empate, não comemoramos empate e não torcemos por um único jogador. Em primeiro lugar somos Palmeiras. Em primeiro lugar é Palmeiras.
E que a gambada comemore o empate mesmo. Mas que não esqueçam de correr atrás, porque o líder continua o mesmo.
Sim! Nós somos superiores, em todos os aspectos.
2 comentários:
Falou tudo, meu amigo palmeirense!!!
Nós sempre fomos, somos e seremos maiores q a freguesia, afinal, aqui é Palestra!!!
Parabéns pelo texto Anderson e pelo senso de palestrinidade.
Apenas uma ressalva, alguns dos nossos também achavam que o Valdívia era maior que o Palestra, ainda bem que é uma pequena maioria.
Saudações Palestrinas!
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