quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Todos tropeçaram, chegou a nossa vez

Em um campeonato longo, de pontos corridos como o Brasileiro todos os times tendem a oscilar durante a competição. O que está acontecendo com o Palmeiras não é nenhuma Tragédia Grega ou nada incomum do que os outros tenham passado. Foi normal para os outros, é absurdamente incomum para a torcida palestrina/palmeirense imediatista que quer o título com doze rodadas de antecedência.
O "Jason" que usa a vestimenta de uma Barbie oscilou no início. O Centenário Internacional, que completou três décadas sem título Brasileiro, também oscilou no meio do turno. O "grande" esmeraldino do Planalto Central, Goiás, também teve seus inúmeros contra-tempos durante o decorrer da competição. O Atlético-MG, de, pasmem, Celso Roth, que começou avassalador, onde está hoje? Os manos, do Mano, dos manos, que eram os favoritos máximos ao título, brigam ferrenhamente para tentar alcançar o líder (NÓS) e mesmo com essas últimas quatro rodadas não conseguiram. Portanto, todos oscilam, todos vacilam, porque o Palmeiras seria o diferencial absoluto dessa ciência não-exata que é o futebol?
Não temos um elenco que nos encha os olhos? Então abra seu olho e observe em volta, ninguém, nenhum clube brasileiro tem. O Palmeiras caiu de produção e mesmo assim não saímos do gargalo. Se não é um processo, é a preservação de um trabalho que vem sendo feito. Ninguém nos passou (EU SEI QUE O INTER TEM JOGOS A FAZER), ninguém se distanciou da gente.
A postura do time não foi a dos outros jogos, foi um time que mostrou brio, quis ganhar, não deu por "n's" fatores. Muricy começou certo com Lovinho, Obina e Ortigoza, o time vinha bem e ganhava espaço. Pecado o Pierre ter sido expulso, mesmo que justamente (depois do replay vi que deveria mesmo tomar o vermelho). Aí sai o mais novo, lógico, e entra Jumar que, surpreendentemente, não comprometeu. F****, ferrou o resto do primeiro tempo, que Obina perdeu um gol que (San Gennaro!) era só enfiar um canudo, não rolar pro goleiro.
Um segundo tempo muito promissor pelo início, quando os dois já estavam com dez em campo, mas que foi se perdendo no cansaço de Cleiton "Craque/Maestro" Xavier. O Coritiba começou a tomar as ações do jogo e nosso contra-ataque não funcionava. Muricy demora demais para mexer no time, desde as meninas. Tudo bem que Marcão cometeu um pênalti não dado pelo Sr. do Apito, mas isso não dá um habeas-corpus para marcar um que não foi. Para apitar o seu sinal de recolher, o larápio (outro larápio) acaba o jogo antes do seu combinado.
Enfim, resultado ruim, lógico como uma ciência exata. Mas não o fim do campeonato como os profetas do apocalipse premeditam. Tem muitos jogos pela frente, muitas batalhas. E hoje, querendo ou não, o nosso técnico mostrou uma evolução tática. E, San Gennaro, como Diego Souza faz falta.
Dois jogos pela frente, duas decisões (sem aspas). É ganhar ou ganhar, senão aí sim, vai complicar.

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